sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

PIB traz felicidade?

No discurso de Robert Kennedy em 18 de março de 1968, no auge da campanha presidencial, foi lançado um ataque mordaz à mentira em que se baseia a avaliação da felicidade com base no PIB (produto interno bruto - indicador que mede a geração de riqueza de um país):

Nosso PIB considera em seus cálculos a poluição do ar, a publicidade do fumo e as ambulâncias que rodam para coletar os feridos em nossas rodovias. Ele registra os custos dos sistemas de segurança que instalamos para proteger nossos lares e as prisões em que trancafiamos os que conseguem burlá-los. Ele leva em conta a destruição de nossas florestas de sequóias e sua substituição por uma urbanização descontrolada e caótica. Ele inclui a produção de napalm, armas nucleares e dos veículos armados usados pela polícia para reprimir a desordem urbana. Ele registra ... programas de televisão que glorificam a violência para vender brinquedos a crianças. Por outro lado, o PIB não observa a saúde de nossos filhos, a qualidade de nossa educação ou a alegria de nossos jogos. Não mede a beleza de nossa poesia e a solidez de nossos matrimônios.

Não se preocupa em avaliar a qualidade de nossos debates políticos e a integridade de nossos representantes. Não considera nossa coragem, sabedoria e cultura. Nada diz sobre nossa compaixão e dedicação a nosso país. Em resumo, o PIB mede tudo, menos o que faz a vida valer a pena.

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