Comparamos Deus a um rei que desejasse conquistar o amor de uma mulher do povo. Se se aproximasse dessa mulher com o seu poder real, ela se assustaria e seria incapaz de lhe oferecer o tipo de amor espontâneo que surge entre iguais. Poderia também ser atraída pela riqueza e poder do rei, ou simplesmente temer recusá-lo por ele ser rei. Foi por isso que o rei se aproximou da mulher plebéia com a aparência de um plebeu: só assim seria capaz de inspirar-lhe um amor sincero e só então poderia saber se esse amor por ele era realmente genuíno.
Foi isso o que Deus fez quando nasceu no mundo encarnado em Jesus Cristo, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Procurou o nosso amor sem nos esmagar com a majestade da visão beatífica (que não está ao nosso alcance nesse mundo, apenas no mundo que há por vir), mas pela condescendência em relacionar-se conosco no nosso nível, assumindo a natureza humana e tomando carne humana.
Pensamento do filósofo Soren Kierkegaard.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
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